O assunto da semana no município de Inácio Martins, é um só, a agressão de um médico a um paciente no Pronto atendimento Municipal. Desse caso absurdo ficam perguntas: Poderia ter sido evitado? Quem é o responsável?
Para a a primeira pergunta a resposta é sim, porém, para ter evitado um caso como esse, teria sido necessário um rigor maior na contratação do profissional, nesse quesito prefeitura e empresa erraram, a empresa por não ter investigado o histórico do profissional e o admitido de qualquer forma, segundo o delegado Rafael Rybandt, em entrevista ao G1, quando chegou na delegacia o médico afirmou que possui transtornos psiquiátricos como bipolaridade e outros relativos ao uso excessivo de álcool. Ele também afirmou que estava há um tempo sem tomar as medicações necessárias para os tratamentos e que não se lembrava da ocorrência. Transtornos psiquiátricos não apareceriam do dia para a noite, se a empresa não sabia errou em não investigar e se sabia da condição do médico e foi omissa é uma situação que só agrava esse caso, porém são hipóteses.
E a parte da prefeitura? Não há requisitos para trabalhar como médico na saúde de Inácio Martins? Só um diploma basta? Em nota enviada à Web rádio Interativa a empresa responsável pela contratação alegou que “o próprio município também fez todas consultas possíveis antes de admitir o profissional no atendimento do Pronto Socorro de Inácio Martins-PR.” Que consultas foram essas? os responsáveis pela saúde do município e a administração municipal não tinham conhecimento que o médico usava tornozeleira eletrônica? Não pesquisaram o histórico do profissional junto a outras cidades em que já trabalhou? Alguém não fez a “lição de casa” nessa contratação, e o resultado, colocou Inácio Martins nas principais páginas de notícias do país por um caso absurdo.
“Depois que acontece é fácil julgar”, mas o papel dos responsáveis era justamente não deixar acontecer, há meios para investigar, há formas de se coibir esse tipo de situação, ninguém viu. A administração pública de Inácio Martins precisa entender que os martinenses, de fato, precisam de médicos, mas, não qualquer profissional, é preciso entender que um profissional de saúde vai trabalhar para pessoas que estão em vulnerabilidade por conta da saúde, e esses profissionais, precisam ter habilidades para trabalhar com essas pessoas. Esse “profissional” não tinha os requisitos sociais mínimos para atender nossa população e mesmo assim, ficou quase dois meses no atendimento da nossa população. Imagina quantos martinenses que foram procurar o atendimento médico com esse “profissional” e saíram, além do problema de saúde, com o sentimento de impotência ao ser mal atendido, ao não ter seu problema “acolhido”.
Análises que nos entristecem como seres humanos, ao ler sobre o caso, sobre o péssimo atendimento que esse senhor prestou fazendo uso de um cargo tão vital para a nossa população. Enquanto maior o absurdo do caso, maior a resposta que a prefeitura de Inácio Martins precisa dar para a população. Alguém tem que ser responsabilizado por ter permitido que um “profissional” questionável fizesse parte do quadro de servidores da saúde martinense, se a administração foi omissa ao permitir que um médico com tornozeleira e transtornos prestasse serviços a população martinense que não seja agora nas medidas que tomará sobre o caso.
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